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Depreciação de carros usados: entenda como funciona

Depreciação de carros usados: entenda como funciona


Um dos assuntos mais polêmicos no mercado de veículos seminovos é a depreciação de carros usados. Afinal de contas, como ela funciona? Como usar essa informação para fechar melhores negócios?

A depreciação de carros usados é um ponto pouco compreendido e, por isso, foco central de algumas confusões. As pessoas sempre se perguntam, por exemplo, por que não pagam o preço da Tabela Fipe nos seus carros.

Isso acontece porque a depreciação de carros usados não segue uma regra específica, mas falaremos sobre isso com mais detalhes nas próximas linhas. Se você ficou curioso e quer entender como funciona a depreciação, siga a leitura até o fim.

O que é a depreciação de carros usados?

Você com certeza já ouviu falar que, assim que você compra um carro novo e sai com ele da concessionária, o automóvel perde 10% do seu valor, não é mesmo? Isso acontece por causa da depreciação de veículos.

Todo bem durável sofre com desgastes por causa do seu uso. O celular ou computador que você usa para ler este texto, por exemplo, é assim. Com um carro, a situação não é diferente.

Isso acontece porque as peças vão “gastando” com o tempo. Portanto, é necessário trocá-las e fazer algumas manutenções.

Por conta dessas alterações e da necessidade crescente de manutenção, o veículo vai perdendo valor com o passar do tempo. Em outras palavras, é como se fosse necessário equilibrar os custos com manutenção com o valor do veículo.

Se o modelo tem fama de precisar de muita manutenção preventiva ou corretiva, por exemplo, a tendência é que ele fique um pouco mais desvalorizado em relação ao seu preço inicial do que um carro que seja conhecido por dar poucos problemas.

Essa não é uma regra definitiva, mas ajuda a compreender bem o processo de depreciação de carros usados.

No entanto, para calcular essa depreciação, existem dois sistemas diferentes. Um deles é o mais famoso, o da Tabela Fipe. Já outro é o sistema contábil, usado principalmente por empresas que contam com automóveis como propriedades.

Conheça ambos a seguir.

Como calcular a depreciação pelo sistema contábil?

Para ajudar na declaração de patrimônio de pessoas e empresas, a Receita Federal emitiu uma série de normas, instruções e diretrizes que ajudam a calcular o valor patrimonial de um carro. Isso é o que chamamos de depreciação contábil.

O objetivo desse processo de depreciação é calcular o valor real, contábil, de um automóvel, e não o seu preço de mercado (que são duas coisas diferentes).

A regra básica da depreciação contábil é que um veículo perde seu valor por 5 anos. No fim desse prazo, ele manterá um valor residual de 20%.

O que isso significa? Que, após 5 anos, pelo menos para fins contábeis, o carro para de perder valor.

Vamos ver na prática como funciona o sistema?

Imagine que você comprou o veículo de entrada da nova geração do Chevrolet Onix, pelo preço de R$ 48.490.

Isso significa que, daqui 5 anos, o carro perderá 80% desse valor, mantendo apenas 20%, ou seja, nesse prazo, ele perderá R$ 38.792 em valor, mantendo R$ 9.698.

Na prática, ele perderá R$ 7.758,40 por ano e R$ 646,53 por mês. Com isso, você pode calcular quanto vale o seu carro, em termos contábeis, em qualquer momento.

Como funciona a depreciação pela Tabela Fipe?

Já a depreciação de acordo com a Tabela Fipe é calculada de outra maneira. Ela é feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe, daí o nome) e é formada com base em uma pesquisa de mercado do automóvel.

A Fundação corre o mercado analisando centenas de revendedores para calcular o preço médio de um veículo.

Manteremos o nosso exemplo do Chevrolet Onix. A Tabela Fipe levantará dados do Brasil inteiro para saber por quanto aquele modelo específico está sendo negociado nas concessionárias para calcular o seu valor médio.

Essa é uma das razões, aliás, do porquê não pagarem o preço da Tabela Fipe no seu carro. Ela não é um determinante de quanto vale o seu veículo, mas sim uma média de quantos automóveis do mesmo modelo e ano estão sendo vendidos atualmente.

Até porque, como já mencionamos, o valor do carro é diferente do seu preço de mercado. Existe um exemplo simples que ajuda a entender isso. Veja abaixo:

Imagine um Chevrolet Onix, por exemplo. Seu preço na Tabela FIPE, dependendo do modelo, pode girar ao redor dos R$45.200. No entanto, é possível encontrar unidades do carro vendidas entre R$42.000 e R$46.000, sendo este último mais comum.

Por quê? A variação acontece por causa da quilometragem, algum item de série especial ou algum opcional instalado pelo antigo dono. Além disso, é normal que o preço em uma revenda seja um pouco mais caro por causa dos seus gastos e da oferta de garantia.

Viu? No fim, a Tabela FIPE é uma média do preço do carro no mercado, mas não o seu real valor nas concessionárias.

Como funciona a depreciação pela Tabela Fipe?

Agora você já sabe por que leva o seu carro para avaliação em uma concessionária e ele não é avaliado com o preço que você considerava que ele tinha, uma vez que a Tabela Fipe é um guia de mercado e não uma diretriz de valorização.

Na avaliação que a concessionária fará, ela levará em consideração elementos como:

  • modelo;
  • ano;
  • quilometragem;
  • conservação do veículo;
  • alterações no carro;
  • problemas estruturais;
  • problemas mecânicos;
  • índice de custo de manutenção.

Agora que você já compreende como funciona a depreciação de carros usados, pode fazer melhores negócios quando for comprar ou vender automóveis. 

Lembre-se de, claro, trabalhar com uma concessionária que preze pela segurança, transparência e flexibilidade, como é o caso da NoxCar. Assim, você sempre terá todas as informações necessárias e terá a confiança de que fará um negócio seguro e de qualidade.

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Diego Martins: