Placa preta e placa Mercosul: tudo o que você precisa saber

Você já se deparou com um veículo de placa preta? Saiba que ela identifica um automóvel antigo, muitas vezes, de colecionador.

No entanto, a chegada da placa Mercosul em 2020 fez com que os antigomobilistas (nome dado aos colecionadores de carros antigos) não se sentissem confortáveis, afinal a tradicional placa preta utilizada para diferenciar veículos antigos seguiria um padrão normal, igual aos demais veículos.

Porém, após muita luta, foi definido que, mesmo nos padrões Mercosul, a placa para fãs e colecionadores de carros antigos voltaria a ser preta.

Ao longo deste conteúdo, será possível entender tudo sobre este assunto. Vamos nessa!

Entenda o que é a placa no padrão Mercosul

A placa no padrão Mercosul veio para substituir as tradicionais placas de cor cinza, presentes nos automóveis desde 1990.

Padronizada entre os países integrantes do bloco econômico, ela se tornou obrigatória no Brasil em 2020 para:

  • veículos que vão passar por mudança de categoria ou unidade federativa;
  • veículos que tiveram a placa extraviada, furtada ou roubada;
  • todos aqueles veículos em território nacional que conte com reboque e carrocerias intercambiáveis (sem se esquecer daqueles que necessitam de uma segunda placa traseira).

Com os avanços tecnológicos, as placas também avançaram, tendo como principal alteração o chamado código QR (QR Code). Com elas, os veículos podem ser rastreados, dificultando crimes de clonagem e falsificação.

Mas e a placa preta?

De forma simples, a placa preta surgiu em 1988 através do Código de Trânsito Brasileiro, com o intuito de certificar a originalidade e as condições especiais dos veículos. Modelos com este tipo de placa têm status de item colecionável.

Contudo, só podem receber esse tipo de placa veículos com a maioria de suas peças originais, em bom estado, com mais de 30 anos de fabricação, que apresente um certificado de originalidade ou, ainda, que já fazem parte de alguma coleção, por exemplo, os fabricados até 1992.

A partir do momento que o veículo recebe a placa preta, ele pode ser vendido por preços mais atrativos, desde que estejam em bom estado de conservação.

Cumprindo estes requisitos, alguns veículos passaram a ser aptos a receber a placa preta em 2022. São eles:

  • Uno Mille Eletronic: lançado em 1992, foi um dos primeiros modelos com motor 1.0 que teve ar-condicionado e cinco portas.
  • Gol 1000: popularmente conhecido como Gol quadrado, o modelo surgiu em 1992, sendo um sucesso de vendas na época.
  • Chevrolet Omega: o modelo chegou em 1992 com a missão de substituir o Opala. A sua versão foi considerada um carro de luxo, porém, sua fabricação foi encerrada seis anos depois.
  • Honda Accord: também lançado em 1992, tratava-se de um veículo do tamanho médio a longo, o que fez com que ele não apresentasse um desempenho muito satisfatório quando comparado a outros modelos da categoria.
  • Gurgel Supermini: surgiu em 1992 com a proposta de ser um veículo econômico e pequeno. Esse modelo foi o responsável por fazer com que o Brasil tivesse uma empresa de automóveis 100% nacionais.

Placa preta: saiba o que mudou com a placa Mercosul

Com a ideia de que as placas sigam sempre o mesmo modelo e a chegada da placa no padrão Mercosul no Brasil, as placas pretas deixaram de ter um fundo preto, sendo diferenciadas apenas pela mudança ocorrida nas letras e algarismos, que passaram a ser de tonalidade cinza.

Porém, em dezembro de 2021, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determinou que a placa preta voltasse a ser toda preta, mesmo seguindo os padrões do Mercosul, ou seja, letra e números brancos, faixa azul e a sinalização do país.

Vale lembrar que a nova placa preta Mercosul tem validade nacional, o que significa que, ao sair do país, a placa deve retomar o padrão anterior.

O que achou do conteúdo? Esperamos que tenha sido possível entender melhor sobre esse tipo de placa.

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Diego Martins: