Que dirigir alcoolizado é extremamente perigoso, não é novidade para ninguém, não é mesmo? Afinal de contas, o governo lança campanhas de conscientização todos os anos, e o slogam “se beber não dirija”, é conhecido entre todos os motoristas.
Agora, outra imprudência ao volante e que, cada vez mais, está fazendo vítimas, é o uso do smartphone na direção. Eles invadiram de vez a rotina dentro e fora do trabalho, tanto é que nos acompanha para onde quer que formos. E os smartphones, realmente, são uma mão na roda, já que, há muito tempo, eles deixaram de ser apenas aparelhos de celular para virar, praticamente, computadores de mão, por meio dos quais tudo pode ser resolvido: reuniões à distância, pagamento de contas, registros de momentos especiais com a tecnologia das melhores câmeras fotográficas do mercado, entre outros.
Tanta tecnologia e facilidade, porém, esconde riscos para quem divide a atenção entre o trânsito e a tela do smartphone, tanto é que existem pesquisas que comprovam que dirigir usando o celular é ainda mais perigoso do que quando alcoolizado.
Por que dirigir no smartphone é um risco?
Segundo o Departamento de Trânsito dos Estados Unidos, digitar enquanto se está no volante aumenta 23 vezes o risco de acidentes. Já uma simples ligação dirigindo, aquela, que costumamos fazer para dar um recado rápido, faz com que o motorista fique 6 vezes mais exposto ao risco.
Assustador, não é mesmo? Mas nada comparado à constatação de um estudo feito pela instituição inglesa RAC Foundation: o envio de mensagens ao volante retarda o tempo de reação em 35%, enquanto a demora provocada pelo álcool é de 12%. Ou seja, sim, é comprovado cientificamente: o celular ao volante oferece mais riscos do que dirigir embriagado.
Atenção dividida ao volante
Quem faz duas coisas ao mesmo tempo acaba não fazendo nada direito, não é verdade? No volante, isso não é diferente. Em uma situação normal, com atenção ao trânsito, um motorista demora 1,5 segundo para perceber o imprevisto em uma estrada, e mais 1 segundo para reagir e começar a frear o carro, quando ele está em uma velocidade entre 80 e 100 km/h. Na cidade, esse tempo de reação é um pouco menor, 0,75 segundo.
Sabendo esses números, fica fácil interpretar os perigos do celular ao volante, já que, nessa situação, o condutor demora 2 segundos para digitar duas letras no teclado, ou seja, deixa de lado o foco da direção.
Além disso, para pegar o celular no banco do passageiro ou na bolsa e olhar uma notificação, leva-se 4,5 segundos, ou seja, um tempo 5 vezes maior do que o para ver um obstáculo e reagir a ele, evitando um acidente ou atropelamento, por exemplo.
Multas para quem dirige no celular
Os riscos são tão altos para quem insiste em dirigir dividindo a atenção com o celular que, se flagrada, a infração é considerada gravíssima, com multa de R$293,47, e perda de sete pontos da Carteira Nacional de Habilitação. E não adianta dar a desculpa de que estava com o celular na mão para ver o GPS: usar o smartphone nessa função só é permitido quando o aparelho está fixado em um suporte no para-brisa ou no painel. Portanto, não importa: fazer ou atender ligações com ou sem o fone de ouvido, digitar mensagens ou navegar nas redes sociais são infrações, e você será multado.
Viu como aquela simples olhadinha para o celular representa um perigo para a sua segurança e a de todos que dividem o trânsito com você? Prevenir é sempre a melhor opção, e, ao volante, isso não é diferente.